Tão bom viver dia a dia.
A vida assim, jamais cansa.
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas..
terça-feira, 5 de maio de 2009
Deixa-me seguir para o mar
Tenta esquecer-me
Ser lembrado é como evocar-se um fantasma
Deixa-me ser o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
Me recamarei de estrelas como um manto real,
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão em mim as crianças banhar-se
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir
É seguir para o Mar.
Deixa-me fluir, passar, cantar
Toda a tristeza dos rios é não poderem parar!
Tenta esquecer-me
Ser lembrado é como evocar-se um fantasma
Deixa-me ser o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
Me recamarei de estrelas como um manto real,
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão em mim as crianças banhar-se
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir
É seguir para o Mar.
Deixa-me fluir, passar, cantar
Toda a tristeza dos rios é não poderem parar!
Canção do Amor Imprevisto
Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E minha poesia é um vicio triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com tua boca fresca de madrugada,
Com teu passo leve,
Com esses teus cabelos.
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
Nada, numa alegria atônita.
A súbita alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos!
O mundo me tornou egoísta e mau.
E minha poesia é um vicio triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com tua boca fresca de madrugada,
Com teu passo leve,
Com esses teus cabelos.
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
Nada, numa alegria atônita.
A súbita alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos!
Das Descrições
Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...
Aceitarás o amor como eu o encaro ?
Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.
Não exijas mais nada.
Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.
Que grandeza... a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições.
O encanto
Que nasce das adorações serenas.
Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.
Não exijas mais nada.
Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.
Que grandeza... a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições.
O encanto
Que nasce das adorações serenas.
Mude
" Mude,
mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira,
no outro lugar da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
Procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente..."
mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira,
no outro lugar da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
Procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente..."
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